condominio (5)

POÇO ARTESIANO EM CONDOMÍNIO: ENTENDA COMO FUNCIONA

     Investir em poços artesianos se tornou uma opção para condomínios que querem economizar dinheiro e deixar de ser dependentes de caminhões-pipa ou companhias de saneamento, ainda mais em cidades que sofrem com problemas no abastecimento de água.

     Economizar é ótimo, porém quando o assunto é poços artesianos, não é apenas o bolso que deve ser conferido antes de começar a construção. É necessário levar em consideração questões que podem influenciar o condomínio e a natureza.

     Preparamos este artigo para responder as principais dúvidas que surgem quando o assunto é poços artesianos em condomínio:

     O que é um poço artesiano?

     De baixo do solo existem reservatórios de água que, com autorização, podem ser utilizados livremente. Para acessar e captar essa água subterrânea, é feita a escavação de um poço artesiano.

     Essa construção é um investimento de risco, que requer o acompanhamento de profissionais capacitados e manutenções preventivas.
Apesar de ser uma prática antiga, com registros no século XII e até mesmo na China medieval, poços artesianos têm se tornado mais populares entre condomínios nos últimos anos, devido às crises hídricas em algumas cidades brasileiras.

     Como funciona um poço artesiano em condomínio?

     Para fazer um poço artesiano, cava-se até alcançar o reservatório subterrâneo de água, normalmente com profundidade entre 70 a 100 metros. A vazão da água varia de acordo com a região.

     Para um edifício de 50 a 100 apartamentos, o ideal é um poço que libere 10 mil litros de água por hora. Caso depósito de água ofereça menos do que o necessário para o condomínio, ele poderá secar – e aí será necessário fazer uma nova obra para cavar mais fundo em busca de água.

     Durante a obra, é construído um sistema que envia a água do subterrâneo até a caixa d’água, de onde os moradores receberão o abastecimento necessário. Com isso, o condomínio se tornará autossuficiente em termos de água e só deverá pagar à companhia de saneamento pelas taxas de esgoto, cujo valor é definido pelo hidrômetro.

     Quais as vantagens de ter um poço artesiano no condomínio?

     A longo prazo, um poço artesiano vai reduzir os custos do condomínio com água. Especialistas indicam que a prática pode acarretar na redução de 30% a 50% na conta do final do mês, mesmo com a taxa de esgoto e a análise periódica da água. Apesar de a construção custar caro, estima-se que o investimento se paga em menos de uma ano devido à economia mensal.

     Como a água virá de uma fonte própria, o condomínio não será mais dependente de uma companhia de fornecimento de água e os moradores do condomínio não precisarão se preocupar com o risco de falta d’água, nem mesmo durante os meses quentes do verão. Entretanto, se o consumo de água não for feito com consciência, a água do poço pode secar com o passar do tempo.

     Quais são os trâmites legais para ter um poço artesiano em condomínio?

     Estudos preliminares: o síndico deve chamar algumas empresas especializadas em perfuração e manutenção de poços artesianos para visitar o condomínio, fazer um estudo de viabilidade do projeto avaliando qual a vazão necessária que o poço artesiano precisa ter para abastecer todos o apartamentos e se a água do lençol freático é adequada para o consumo. Esse estudo visa tentar diminuir surpresas infelizes depois do início das obras. Concedido isso, é entregue o orçamento.

     Votação em reunião de assembleia: como obra considerada necessária, a construção e orçamento de um poço artesiano no condomínio deve passar a necessário por aprovação da assembleia com votos favoráveis da maioria dos presentes, ou seja,  50% + 1.

     Escolha da empresa: após a aprovação, deve-se selecionar quem vai realizar o serviço. A empresa deve ser cadastrada junto ao CREA (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia), seguir as normas da ABNT, contar com um geólogo ou engenheiro de minas e um técnico especializado em perfuração, além de apresentar seguro para cobrir eventuais acidentes de trabalho. Também é importante que a empresa ofereça garantia de cinco anos da obra e seus responsáveis devem emitir Anotação de Responsabilidade Técnica (ART).

     Autorização do órgão do Estado: antes de iniciarem as obras, o condomínio precisa receber uma autorização do órgão responsável na região. Para isso, o síndico deve entrar em contato com o departamento de água do Estado e apresentar o estudo preliminar disponibilizado pela empresa. Há o risco de o órgão não autorizar a construção de um novo poço artesiano.

     Perfuração do solo: após receber a licença da entidade responsável, pode-se iniciar a obra para criar o poço artesiano, que normalmente leva 20 dias.

     Teste da água: no momento que o poço tiver água fluindo para o condomínio, é preciso analisar a qualidade com testes de potabilidade. O órgão local aprova se a água é segura para ser usada (para beber ou não) e outorga o direito de uso do recurso hídrico.

     Vigilância Sanitária: o condomínio também precisa fazer o Cadastro do Sistema/Solução Alternativa de Abastecimento de Água para Consumo Humano junto com o Departamento de Vigilância Sanitária – estadual ou municipal, dependendo da região.

     Manutenção e análise da água de poços artesianos

     Poços artesianos correm o risco de apresentar infiltrações ou acúmulos de resíduos nas paredes, que tem chance de contaminar a água e favorecer a proliferação de bactérias prejudiciais à saúde dos moradores. Por isso, a análise da qualidade da água precisa ser feita de três em três meses.

     Já a manutenção preventiva da bomba do poço deve ser feita anualmente, enquanto que a limpeza do reservatório pode ser realizada a cada seis meses. Amostras devem ser enviadas para o órgão responsável para que as informações sejam averiguadas.

     Em caso de dúvidas, entre em contato com a Vigilância Sanitária responsável pela sua região.

     O que levar em consideração antes de aderir ao poço artesiano no condomínio?

     Custo: o investimento para criar um poço artesiano gira em torno de R$ 50 mil. Porém, os valores são capazes de ultrapassar isso e chegar a R$ 100 mil, já que é possível não encontrar água no local onde foi feita a perfuração – e o condomínio precisará arcar com os custos do trabalho já feito e pela nova obra.

     Burocracia e demora: Adquirir a licença para construir um poço artesiano no condomínio pode demorar mais de seis meses, dependendo da procura na cidade e do órgão responsável. Após a construção, ainda há o período de teste da potabilidade d’água.

     A natureza não dá garantias: o condomínio precisa estar preparado para lidar e arcar com imprevistos. Como comentamos no item anterior, nem sempre é encontrada água no local da perfuração – mesmo utilizando empresa e equipamentos adequados. E, à vezes, o lençol freático não tem pressão suficiente para bombear o líquido até as unidades. Nesses casos, o condomínio precisa arcar com uma nova perfuração mais funda, em busca de mais água e mais vazão. Também é possível deparar-se com água subterrânea em péssimas condições para consumo e o condomínio precisará investir em um sistema de tratamento d’água.

     Economia apenas de dinheiro: apesar de diminuir os dígitos da conta de água, poços artesianos não colaboram necessariamente com a economia d'água – algo tão importante nos dias de hoje. O síndico deverá incentivar, ainda assim, a prática sustentável no condomínio.

     Nem todas as áreas podem ter poço artesianos: é comum que condomínios localizados em áreas que abrigam indústrias ou postos de gasolina não recebam autorização para realizar a obra, pois os químicos podem infectar a água e oferecer riscos ao consumo humano.

     Importante lembrar que poços artesianos clandestinos são um perigo para o condomínio e à natureza. Quem opta por essa prática, pode ter o poço fechado pela fiscalização, ser autuado por crime ambiental e responder judicialmente caso um morador tenha problemas de saúde oriundos da ingestão de água inadequada.
Aderir a um poço artesiano no condomínio é algo que demanda um grande planejamento por conta do síndico e precisa ser feito de forma correta para não prejudicar a saúde dos moradores, a estrutura do empreendimento e o meio ambiente.

      Por Denis Hupel

Condominial News

Saiba mais…

Como planejar um condomínio sustentável?

     Há diversas medidas que podem deixar seu condomínio mais verde. Convencer, porém, a vizinhança a adotar tais ideias dá trabalho, assim como efetivá-las.

     Confira um passo-a-passo que pode ajudar você a fazer tudo nos conformes e, aí sim, ter um condomínio mais sustentável.

     1. Sensibilize os moradores

     Afixe bilhetes e recortes de jornais sobre as vantagens de adotar algumas medidas sustentáveis no quadro de avisos ou no elevador. Converse com os moradores influentes e forme um grupo que encabece a ideia.

     2. Faça uma primeira reunião de condomínio

     Será um bate-papo sobre como transformar o prédio em um edifício sustentável, com explicação das vantagens, inclusive econômicas. A implementação do projeto deve ser discutida em outra reunião, marcada para 15 ou 30 dias depois. Nesse intervalo de tempo, continue divulgando informações sobre sustentabilidade para não deixar a iniciativa perder a força.

     3. Na segunda reunião, estabeleça prioridades

     Com base nas necessidades e nos recursos financeiros disponíveis, deve-se hierarquizar o que é mais importante e elaborar um cronograma de execução. Tente começar por obras mais simples, como gramar a calçada, ou por medidas que tragam a redução de custos, como a instalação de torneiras temporizadas nas áreas comuns do prédio.

     4. Acompanhe a execução das obras e mantenha os condôminos informados

     Divulgar os impactos causados, por exemplo, na redução de despesas, é importante porque as pessoas são sensíveis aos resultados e, quando eles surgem, o projeto ganha ainda mais força.

     DEZ MEDIDAS PARA UM CONDOMÍNIO MAIS VERDE

  1. Implante o processo de coleta de lixo seletiva
  2. Construa cisternas para a captação e o aproveitamento da água de chuva
  3. Ajardine a calçada e os terraços para aumentar a área permeável
  4. Instale placas de energia solar para aquecer a água do chuveiro
  5. Troque as torneiras por modelos com temporizador, que gastam menos água
  6. Varra calçada e pátio no lugar de lavá-los
  7. Troque a churrasqueira por uma à base de gás natural, que não libera fuligem
  8. Instale medidores individuais de gás e água para incentivar a redução do consumo
  9. Coloque luzes com sensores de presença nas áreas comuns
  10. Crie pomar e herbário.

     Fonte: Viva o Condomínio

 

 

Saiba mais…

     A síndica Priscilla de Oliveira e Leonardo Lima, supervisor de imagens do condomínio e amante dela, são suspeitos pela morte do empresário Carlos Eduardo Monttechiari na manhã de 1º de fevereiro. A polícia investiga a participação de outras pessoas depois que o homem teria mencionado sobre uma amiga da síndica que cedeu a arma usada no crime.

     Carlos Eduardo foi baleado dentro do seu carro na Vila Kosmos, na Zona Norte. O empresário foi atingido no tórax e no abdômen e chegou a ser hospitalizado, mas morreu no dia seguinte.

     De acordo com a 27ª Delegacia de Polícia do Rio de Janeiro, evidências demonstram que a vítima descobriu fraudes no orçamento do condomínio feitas pela síndica. Além disso, Carlos chegou a marcar uma assembleia de moradores com a intenção de denunciar o caso. O valor desviado pela mulher pode chegar a R$ 800 mil.

      Inicialmente, o caso foi tratado como uma tentativa de latrocínio, roubo seguido de morte. Entretanto, após depoimento de uma testemunha, com quem a vítima falava ao telefone no momento do crime, os agentes identificaram o possível autor.

     O casal foi preso em março na Barra da Tijuca, Zona Oeste, depois que o carro do supervisor foi identificado como o mesmo utilizado no homicídio.
A investigação também trabalha com a hipótese de que o crime foi ordenado por Priscilla com o apoio da amiga citada por Leonardo, que teria confessado ser o autor durante depoimento à justiça.

     Em entrevista ao G1, os advogados da síndica disseram: “Continuamos acreditando na inocência da Priscilla, pois até agora não há nenhum motivo plausível para o cometimento desse crime. Nenhuma fraude foi constatada na sua gestão, ela não teria o que temer.

     Acredito que o Leonardo sofre de algum distúrbio mental e iremos solicitar algumas diligências nesse sentido”.

     A defesa do homem sustenta que ele teria sido incitado e se deixou levar pela grande preocupação da síndica em relação às acusações de fraude.

     Fonte: Correio Braziliense

Condominial News 

Saiba mais…

      Esta é uma iniciativa do Condominial News e conta com a participação de representantes do Grupo de Zeladores (AZEPASGGO) e especialistas da Gestão Condominial.

      Vários profissionais já se colocaram a favor da vacinação antecipada  para a categoria, considerada linha de frente dos condomínios. Mário Antônio Sobrinho agradece ao Condominial por encabeçar a campanha, ressaltando a importância da vacina para que possam desenvolver suas atividades com mais tranquilidade.

      “Estamos na linha de frente do condomínio, portanto para que possamos desempenhar e ter tranquilidade de ir para casa e voltar bem, precisamos nos vacinar”, diz.

      Brisia Patrocínio também é a favor da campanha. “Temos contato o tempo todo com prestadores que rodam a cidade, moradores e visitantes. Trabalhamos apreensivos com a situação”, manifesta-se.

      O tema em questão será reforçado durante o Programa Condominial News Nacional nesta quinta-feira 01/04, às 20:00 horas, com a opinião de especialistas do universo condominial. Toda semana, nesse mesmo horário, é colocado em debate um novo assunto sempre pautado com a melhor informação e conteúdo.

      Para registrar seu voto se é a favor da Campanha de Imunização Contra a Covid-19, intitulada Vacina Já, acesse:
https://condominialnews.com.br/polls/insercao-de-zeladores-porteiros-e-agentes-de-limpeza-como-grupo-p?xg_sougrurce=whatsapp

      Para saber tudo sobre o universo condominial se cadastre no nosso canal: youtube.com/c/CondominialNews

Condominial News

Saiba mais…